POSSO ENVIAR REIKI SEM CONHECIMENTO E PERMISSÃO DA OUTRA PESSOA?

POSSO ENVIAR REIKI SEM CONHECIMENTO E PERMISSÃO DA OUTRA PESSOA?

A capacidade que o Reiki possui de poder ser enviado à distancia espacial ou temporal, através da formulação de intenções e uso do símbolo Hon Sha Ze Sho Nen, permite que possamos enviar Reiki sem que o destinatário tenha conhecimento ou dê permissão. Ou então em casos em que a pessoa não pode declarar a sua vontade de receber.

São situações que levantam esta questão tão importante. Existem vários mestres que durante o seu percurso no Reiki, mudaram a sua opinião entre o sim e o não, consoante foram evoluindo e tendo algumas experiências e contactaram com diferentes pontos de vista.

Existem três correntes de pensamento acerca do tema:
Uma das correntes de pensamento defende que é apropriado enviar Reiki a qualquer pessoa, a qualquer momento, mesmo sem permissão, já que o Reiki só funciona para o bem maior de tudo e de todos. A perspectiva do terapeuta neste caso centra-se na sua obrigação, enviar Reiki para uma pessoa que está ferida, doente, ou em qualquer tipo de sofrimento, pois é um ato de amor, e ao não o fazer está a infringir os 5 princípios do Reiki. Esse sentimento profundo de amor pelo próximo leva o terapeuta a enviar Reiki a pessoas sem o seu consentimento ou conhecimento, pois têm a profunda crença de que estão a fazer o que está certo. Outras vezes, o medo de receber um “não” ou o medo de serem envergonhados por aqueles que não entendem nem conhecem o Reiki impede-os de pedir permissão.
Outra corrente de pensamento defende que é melhor ter permissão, mas se você não tiver permissão pode enviar Reiki para o “Eu Superior” da pessoa e deixá-lo decidir se é apropriado, e se permite que o Reiki flua onde é necessário ou até mesmo o impeça de acontecer. Isto é baseado na crença de que o melhor e mais claro estado mental do indivíduo (O seu Eu Superior) fará a decisão acertada sobre o que é melhor. A crença de que o Reiki flui para onde é necessário e para o bem maior, é um fator preponderante nesta perspectiva.
Outra corrente defende que o Reiki nunca deve ser enviado sem permissão, exceto, possivelmente, no caso de uma emergência onde a pessoa é incapaz de falar por si. A ideia é que o processo terapêutico deve ser realizado com pleno conhecimento. Esta corrente reconhece que algumas pessoas não estão receptivas ao Reiki, mesmo que isso possa ser difícil de aceitar para o terapeuta ou para os familiares da pessoa. Esta corrente tem um grande respeito no livre-arbítrio, e a responsabilidade pessoal do paciente, e respeito pela sua escolha em receber Reiki quando quiser e quando achar que está pronto a receber.

Neste ponto, e analisando estas três correntes de pensamento é muito provável acharmos que é melhor não enviar Reiki para outra pessoa sem sua permissão expressa. É natural pensarmos que a nossa vontade de aplicar Reiki a outros sem a sua permissão tem somente a ver com os nossos próprios sentimentos em vez das necessidades da pessoa que recebe. É difícil termos que nos abstrair da dor do próximo, mas temos necessidade de nos desembaraçar desses sentimentos e da nossa vontade de ajudar.

O Reiki é muitas vezes comparado a uma oração, e há semelhanças e paralelos entre ambos. Ambos interferem nas vidas das pessoas e ambos se destinam a resolver uma situação seja ela espiritual, doença física ou problema sentimental. Ambos operam através da formulação da intenção. No entanto, o Reiki consiste na canalização duma poderosa frequência energética para ser aplicada numa pessoa. Isso geralmente pode ser sentido pelo paciente e terapeuta, como já foi comprovado pela fotografia Kirlian e por outros meios.

Enviar uma energia tão poderosa a alguém sem seu conhecimento será certamente um tipo de invasão. Enquanto que formular intenções de amor e pensamentos positivos, conforme o que acontece na oração, não implica o envio de uma energia tão poderosa como o Reiki é.

Quando enviamos Reiki para alguém sem o seu conhecimento, podemos estar a assumir como nossas as necessidades e males da outra pessoa. No entanto, quando o mal não é verdadeiramente nosso, ele não vai realmente curar. O mal de outra pessoa só pode curar quando essa própria pessoa está pronta para curá-lo. Temos que nos alhear da sua jornada, e concentrarmos-nos na nossa jornada de cura e permitir-lhes espaço para fazer o mesmo. Nós não ajudamos ninguém quando tentamos remover todo o desconforto e luta da sua jornada.

Ajudar quando solicitado pode beneficiar enormemente alguém no caminho para a cura, mas remover todos os obstáculos para alguém, sem o seu conhecimento elimina a sua capacidade de crescer e aprender por si mesma. Pode inclusive funcionar de forma contrária para além de ser uma tarefa que pode drenar toda a nossa própria energia. Pense num bebê cuja mãe carrega ao colo por todo o lado, nunca lhe permitindo que rasteje ou tente andar, protegendo-o da luta e da dor de cair. Embora ela esteja a impedir dificuldades para o seu filho, ela está a negar-lhe a hipótese de explorar o mundo e desenvolver os seus músculos, e de aprender novas formas de viver a vida. Esta mãe também se esgota a ela própria nessa tarefa. Isto não é bom para ninguém.

Por isso nós reikianos, temos de aprender a definir claramente os nossos limites. E chegar á conclusão de que respeitar a vontade de outra pessoa, é por si só um ato de amor. Ao faze-lo permite-nos experienciar vários sentimentos que nos demonstram que ainda existem vários “males” que devemos incluir no nosso caminho de evolução espiritual. Deixar espaço aos outros para percorrerem o seu próprio caminho, sem interferir, vai ajudar a criar novas competências nessa pessoa para que cure os seus males. Por isso devemos aplicar Reiki somente a pedido ou com o consentimento da outra pessoa. Em última analise o próprio processo de meditação para iniciarmos o fluxo de energia Reiki não é mais do que o nosso consentimento e disponibilidade para que sejamos inundados por essa maravilhosa energia. Por isso quem recebe também tem que dar consentimento para tal .

Fonte: https://vidalusa.eu/

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